Com a matéria: "Encontrada a Primeira Criança - descobertos ossos de 3,3 milhões de anos", a Revista National Geographic americana, que chega às bancas no mês de outubro estampa uma foto do rosto daquela que seria a primeira criança. Segundo eles, esta descoberta joga luz sobre um período ainda pouco conhecido da evolução: aquele em que os ancestrais do homem perdiam os últimos traços herdados dos macacos.
Esta mesma matéria, publicada na edição semanal de Veja, de 27 de setembro, sob o título "A menina que subia em árvores", demonstra mais uma vez que os meios de comunicação perdem a oportunidade de ficarem calados, quando eles mesmos afirmam que as descobertas são baseadas em teorias e suposições e não em evidências.
Comentando este assunto, o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente, Enézio E. de Almeida Filho, publicou um verdadeiro desabafo em seu blog Desafiando a Nomenklatura Científica:
"Será que o fóssil de "criança" ajuda mesmo a entender a transição entre o símio e o homem? Antes de entrarmos nos aspectos científicos, uma nota esclarecedora: nós aprendemos na escola que filhote de macaco é chamado de macaquinho, nunca de criança. Vai ver, o estado deplorável e emburrecedor de nossa educação devem ter contribuído para o 'erro intencional' no título – Australopithecus significa 'macaco do sul', logo o título correto seria 'A macaquinha que subia em árvore'.
Ah, agora eu entendi o porquê de 'criança' no título – é que macaco sobe em árvore e um título assim não seria 'apelativo' e nem venderia bananas, oops, revistas. É preciso chocar os leitores. E a objetividade do jornalismo científico onde é que fica? Bem, a objetividade do jornalismo científico, às bananas com isso, oops, às favas com a objetividade jornalística! [...]"
Matéria da Veja
"Os ossos, encontrados numa região desértica da Etiópia, [...] pertencem à espécie Australopithecus afarensis, a mesma de Lucy, o fóssil descoberto em 1974 que se supõe seja um ancestral direto do homem moderno. Os arqueólogos acreditam que a menina – batizada de Selam, que significa paz no idioma etíope – viveu até os 3 anos e, pelo bom estado de conservação dos ossos, provavelmente morreu numa enxurrada e foi soterrada por areia e pedras. [...]
Os cientistas levaram cinco anos para remover o fóssil da menina do bloco de arenito que o envolvia, usando instrumentos semelhantes a brocas de dentista. Ao final, tinham o crânio praticamente inteiro, a espinha dorsal, os ossos do tronco, dos braços, das pernas e do pé esquerdo. Selam é também o mais antigo e o mais completo fóssil de criança já achado. Uma reconstituição artística de sua aparência, feita pela National Geographic Society, mostra uma Selam parte humana, parte símia. Ao encontrar o fóssil, os paleontólogos comemoraram ainda o excelente estado de conservação do osso hióide, situado na base da língua, que não costuma preservar-se no processo de fossilização. O osso hióide de Selam fornecerá informações sobre que tipo de sons a espécie produzia e ajudará os cientistas a entender melhor a origem da linguagem humana".
(Veja)
Se você quiser conhecer mais sobre o criacionismo, visite a seção "Digitais do Criador" do blog do Michelson Borges.
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