terça-feira, outubro 03, 2006

Quem são os "amish"?

À primeira vista, muitos amish parecem ter saído de uma comunidade rural do século 19. Os mais conservadores destes grupos de pessoas reclusas e religiosas usam carroças ao invés de carros. Vários deles não têm telefone ou eletricidade em suas casas.

Seus filhos são enviados a escolas privadas, com uma única sala, até os 13 anos de idade.
Eles evitam usar tecnologia e defendem o isolamento em relação ao mundo moderno. Não fazem serviço militar e nem aceitam ajuda do governo.

A comunidade Amish em Lancaster County, na Pensilvânia, serviu de modelo para o filme A Testemunha, estrelado por Harrison Ford, em 1985. O filme mostrou o contraste do violento mundo moderno com a existência pacífica desta comunidade. Os amish enfrentam alguns dos mesmos problemas de outras comunidades, mas são mais reservados.

Normas rigorosas

Cerca de 200 mil amish vivem em mais de 20 estados americanos e na província canadense de Ontário. Os Amish são seguidores de um ramo ultraconservador do cristianismo. O grupo mais antigo, Old Order Amish (Velha Ordem Amish), tem de 16 mil a 18 mil integrantes, e vive em Lancaster County, uma área agrícola onde os amish se estabeleceram por volta de 1720. Vários fugiam de perseguição religiosa na Europa.

Os amish se dividem em dezenas de irmandades separadas, divididas em distritos e congregações. Cada distrito é totalmente independente e vive de acordo com suas próprias regras não-escritas, ou Ordnung.

O grupo Old Order tem normas rigorosas para vestimenta, comportamento e uso de tecnologia que, eles acreditam, encorajam humildade e sua separação do resto do mundo. As mulheres deste grupo vestem roupas modestas com mangas compridas e saias longas, touca e avental. Elas nunca cortam os cabelos, que prendem em um cóque na nuca. Em algumas comunidades não é permitido usar roupas com botões.

Homens e meninos usam ternos de cor escura, e chapéus de aba larga negros ou de palha. Eles deixam a barba crescer depois de casados. A tecnologia moderna não é totalmente rejeitada. Em algumas fazendas há telefones e grupos locais podem permitir eletricidade em determinadas circunstâncias.

A maioria dos amish é trilíngüe. Eles falam um dialeto de alemão chamado holandês da Pensilvânia, alemão em seus serviços religiosos e aprendem inglês na escola. De certa forma, os amish estão sentindo as pressões do mundo moderno.

Analistas dizem que leis referentes ao trabalho infantil, por exemplo, estão ameaçando formas de vida estabelecidas há muito tempo. Embora muitos amish possuam armas de fogo para caçar e matar animais selvagens, até agora suas comunidades não têm sofrido com crimes violentos.
(BBC.com)

Esta comunidade religiosa ficou conhecida após o incidente desta segunda-feira, quando um homem armado, um caminhoneiro chamado Charles Carl Roberts, invadiu uma escola Amish e matou quatro meninas, suicidando-se em seguida. Segundo o chefe da polícia do Estado, Roberts não era amish.

O ataque, que chocou a pacata comunidade Amish, é o terceiro incidente violento em uma escola dos Estados Unidos em uma semana. Na última sexta-feira, um homem armado invadiu uma escola do Colorado, rendeu alunas e feriu fatalmente uma, antes de se matar. Na quarta-feira, um estudante de 15 anos matou o diretor da sua escola, no Estado de Wisconsin.

Coréia do Norte anuncia primeiro teste nuclear

O ministério das relações exteriores da Coréia do Norte anunciou nesta terça-feira que o país conduzirá "em breve" o seu primeiro teste nuclear. A medida irá “reforçar” a defesa do país diante da hostilidade militar americana, disse o comunicado divulgado pela agência de notícias estatal.

O Japão reagiu ao anúncio dizendo que o teste com armas nucleares da Coréia do Norte seria "totalmente imperdoável". Embora se saiba que o país dispõe de ogivas nucleares há algum tempo, este seria o primeiro teste desta natureza. “(A Coréia do Norte) fará um teste nuclear sob condições de segurança firmemente garantidas”, disse o ministério.

Entenda a crise na Coréia do Norte

A Coréia do Norte afirmou que as sanções impostas pelas Nações Unidas em julhos são, na verdade, uma declaração de guerra, e o armamento nuclear é necessário para preservar a soberania do país. Satélites captaram atividade em um potencial campo de testes no país.

Pyongyang vem sendo pressionada nos últimos meses por causa de seu programa nuclear. As negociações multilaterais que envolvem seis países (Estados Unidos, União Soviética, Japão, China, Coréia do Sul e a própria Coréia do Norte) estão emperradas há quase um ano.

Como conseqüência, os Estados Unidos impuseram uma série de sanções econômicas em relação à Coréia do Norte. Segundo o comunicado do governo norte-coreano, “os Estados Unidos estão diariamente aumentando a ameaça de uma guerra nuclear e suas sanções nefastas estão criando uma séria situação na península coreana”.

Para o ministério, “na atual situação, em que os Estados Unidos tenta cada vez mais isolar e sufocar a Coréia do Norte, o país não pode mais permanecer somente como um observador da situação”.

O que se sabe sobre o programa nuclear da Coréia do Norte?

A Coréia do Norte diz que tem armas nucleares e que está trabalhando na construção de um arsenal maior. O problema para o resto do mundo é a dificuldade de verificar estas afirmações. A maioria dos especialistas em armamento nucleares acredita que o país não tinha um programa nuclear ativo – pelo menos até 1994, quando se assinou um tratado de suspensão de pesquisas relativas a esse tipo de armamentos.

Mas em dezembro de 2002, Pyongyang reativou o seu reator nuclear em Yongbyon e expulsou do país dois monitores nucleares das Nações Unidas. Desde então, o andamento do programa é desconhecido. Se o reator estava funcionando, supõe-se que teria sido possível enriquecer plutônio para se construir uma bomba por ano.

Mas segundo a agência de inteligência americana (CIA), um programa nuclear para enriquecimento de urânio estaria produzindo “duas ou mais” bombas por ano até o meio desta década.

Quantas armas nucleares a Coréia do Norte tem?

Sem as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica, a AIEA, é difícil dizer. Os especialistas falam em um pequeno número de bombas, enquanto os Estados Unidos dizem que são “uma ou duas”. O combustível nuclear armazenado em 1994 poderia ter sido utilizado para fazer as armas, segundo os Estados Unidos.

A Coréia do Norte disse que já processou todo o combustível, embora os governos americano e sul-coreano não tenham tanta certeza.

O acordo firmado em 2005 não tinha resolvido a questão do impasse?

O acordo de 2005 parece ter fracassado totalmente. As questões mais delicadas – como a permissão da Coréia do Sul para que se supervisione seu programa nuclear – não eram mencionadas no acordo. O documento também não determinava o destino das instalações nucleares norte-coreanas nem como seriam feitas verificações futuras.

Todos esses pontos teriam de ser resolvidos em conversações futuras e dada a falta de confiança dos Estados Unidos em Pyongyang, há muito espaço para imprevistos. O governo norte-coreano não deixará de ver os Estados Unidos como ameaça, e Washington, por sua vez, não passará a confiar num país que já quebrou o acordo em 1994.

Como a crise começou?

Em 2002, Bush incluiu a Coréia do Norte no seu “eixo do mal”, o que fez com que os asiáticos retirassem seu apoio ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), do qual eram signatários, criando temores de uma guerra nuclear.

É muito difícil avaliar quais serão os próximos passos do errático líder norte-coreano Kim Jong-il, mas acredita-se que a questão nuclear seja uma tentativa de negociar um pacto de não-agressão e ajuda econômica dos Estados Unidos.

A Coréia do Norte já não fez isso antes?

Em 1993, o país passou por crise semelhante, mas foi convencido a suspender as atividades nucleares no ano seguinte, com o acordo de 1994. Em troca, o país receberia óleo pesado e dois reatores para produção de energia que dificilmente poderiam ser usados para se fazer armas. Os reatores seriam feitos por um consórcio chamado Kedo, mas sua construção estava muito atrasada quando a crise começou.

Que diferença há entre a crise da Coréia do Norte e o Iraque, por exemplo?

Os casos são diferentes. Os asiáticos são isolados e têm sérios problemas domésticos. Dois aliados americanos – Japão e Coréia do Sul – se esforçam para tentar uma aproximação com o regime de Pyongyang. Além disso, o Iraque não tinha armas nucleares e a derrubada de Saddam Hussein também visava evitar que ele adquirisse tal poder. Com Pyongyang, a alternativa que resta é gerenciar a situação.
(BBC.com)

Jesus, quando esteve na terra, certa vez disse: "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino, e haverá fomes e terremotos em vários lugares; porém tudo isto é o princípio das dores". Mateus 24:6-8

segunda-feira, outubro 02, 2006

Cantora quebra recorde de profundidade em show

A cantora georgiana Katie Melua entrou nesta segunda-feira para o livro dos recordes por realizar o show em águas mais profundas.

A cantora e sua banda fizeram uma apresentação para trabalhadores de uma plataforma de extração de gás natural a 303 metros abaixo do nível do mar, na plataforma da Statoil Troll no Mar do Norte.

"Este foi, definitivamente, a apresentação mais surreal que eu já fiz", disse Melua. A cantora de 22 anos se submeteu a exames médicos e treinamento de sobrevivência na Noruega antes de ser levada de helicóptero até a plataforma.

"Levamos nove minutos para irmos da parte principal da plataforma até o fundo do poço em um elevador", informou a cantora. "Realizar um concerto para os trabalhadores lá (no fundo da plataforma) foi algo realmente extraordinário e uma ocasião da qual me lembrarei por toda a minha vida", acrescentou.

"Guinness"

O show foi realizado para celebrar o 10° aniversários da companhia Statoil e foi organizado pelo canal de televisão da Noruega NRK. Melua cantou as músicas Closest Thing to Crazy e Nine Million Bicycles.

A cantora é uma das artistas campeãs de vendas na Grã-Bretanha. O livro Guinness dos recordes já confirmou que o show estabelece um novo recorde.