quinta-feira, julho 16, 2009

Educação Hebraica

Bom dia. Aproveitando o curso de pós graduação em Metodologia de Ensino que estou fazendo no IAP - PR, encontrei este artigo muito interessante acerca da educação hebraica. Espero que gostem.
Abraço


Provérbios 22.6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele.”

Questão
Habituados a usar o trecho unicamente no sentido religioso, verificamos haver muitos afastados do caminho. Se lermos o versículo anterior em conjunto com o seis encontraremos outro sentido além do tradicional, que nos parece mais correcto: vv. 5,6 Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles. Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele. Literalmente: Instrui a criança de acordo com o seu caminho, ainda quando for velho não se apartará dele.

Nos tempos primitivos as mães não desmamavam as suas crianças senão entre os trinta meses e os três anos de idade; e o dia da desmama era considerado um dia festivo, Gn 21:8, Êx 2:7,9, 1Sa 1:22-24, Mt 21:16. Aos cinco anos, as crianças começavam a aprender as artes e os deveres da vida sob o cuidado de seus pais, Dt 6:6,7, 20-25; 11:19. José era chamado uma criança quando provavelmente teria dezasseis anos de idade, Gn 37:3.

A princípio, a educação hebraica era informal, assegurada pelos pais aos filhos no lar, e muito poucos tinham esse privilégio, por nem todos os pais saberem ler. A educação religiosa era também da responsabilidade dos pais: “ao levantar, ao deitar e ao caminhar” (Dt 11.19; 32.46). Timóteo aprendeu as sagradas letras na sua meninice (2 Tm 3.15).

No templo havia escola de sacerdotes (1 Sm 1.23-25). E Samuel fundou uma escola de profetas em Ramá (1 Sm 19.18,19). Nos tempos de Elias e Eliseu havia escola de profetas (2 Rs 2.3; 4.38; 6.6). Nas sinagogas, foi provavelmente a partir do cativeiro babilónico que os hebreus se viram obrigados a fundar escolas. E nos tempos do Novo Testamento estavam em funcionamento.
O modelo de ensino do professor judeu era extraído do exemplo dado pelo Mestre divino, na Bíblia: “Este é o caminho, andai nele” (Isaías 30.20,21). O professor sentava-se num estrado, de pernas cruzadas, tendo à sua frente os rolos da Torá, e os alunos igualmente sentados à sua frente.


Os primários deviam dominar várias passagens das Escrituras:

  • Shema – Dt 6.4,5
  • Submissão – Dt 11.13-21
  • Vestes – Nm 15.37-41
  • Hallel – Sl 113-118
  • Criação – Gn 1-5
  • Sacrifícios – Lv 1-8; Levítico avançado era destinado a inteligências especiais.
  • Lições sabáticas – Quando os rapazes atingiam a idade adequada reuniam-se na “Casa do Livro” na Sinagoga. Aos pés do “Hazzan” o bibliotecário, e sob a sua supervisão, preparavam as lições.
Os secundários podiam discutir, mais tarde:

  • Lei com os “Rabis” (Lc 2.41-47).
  • Saulo de Tarso aprendeu aos pés de Gamaliel, At 22.3.
  • Timóteo devia conservar o que aprendeu aos pés de Saulo (2 Tm 1.13).

A disciplina era uma componente do ensino. “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29.15).


Princípio:
Um sábio judeu afirmou que “aquele que não ensina a seu filho uma profissão útil faz dele um ladrão”. Este princípio concorda muito bem com o de Provérbios 18.24.

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