Igreja Católica protestou a ordenação de um bispo da Santa Fé chinesa oficial
A China acusou nesta quinta-feira (25) o Vaticano de restringir a liberdade de religião, um dia depois de a Igreja Católica ter protestado pela ordenação de um bispo da Igreja Católica chinesa oficial.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, disse que a Igreja Católica da China, apoiada em décadas de tradição, efetua suas tarefas de ordenação em um espírito de independência.
- É uma manifestação concreta da liberdade de crença religiosa. Qualquer intervenção constitui um ato de restrição da liberdade, assim como de intolerância.
A ordenação do padre Guo Jincai em Chengde, uma cidade do norte da China, foi anunciada no último sábado (20) por Liu Bainian, vice-presidente da Associação Patriótica dos Católicos da China, uma igreja controlada pelas autoridades e que tem os bispos nomeados pelo governo. O Vaticano afirmou que a ordenação constitui "uma ferida dolorosa e uma grave violação da disciplina católica". A Igreja destacou ainda que o papa Bento 16 lamentou "profundamente a ordenação”.
Em nota o Vaticano afirmou que "os fiéis são humilhados porque as autoridades civis chinesas querem impor um pastor que não está em plena comunhão nem com o papa nem com os demais bispos do mundo".
Antes mesmo da ordenação do bispo, o Vaticano já havia indicado que a consideraria "ilegal e nociva para os vínculos construtivos estabelecidos recentemente entre a China e a Igreja Católica". (R7)
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