sexta-feira, setembro 15, 2006

Rabinos "feitos em casa" na Alemanha

Um grupo de rabinos foi ordenado na Alemanha, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial e a destruição, pelos nazistas, das escolas de rabinos no país.

Três graduandos da escola Abraham Geiger, em Potsdam, foram ordenados em uma cerimônia na cidade de Dresden, no leste do país.

A ordenação aconteceu na nova sinagoga de Dresden, reconstruída após a queda do Muro de Berlim. O alemão Daniel Alter foi o primeiro a se formar. Tomas Kucera, da República Checa, e Malcolm Matitiani, da África do Sul, foram os seguintes.

Matitiani estudou na Alemanha durante cinco anos e agora planeja voltar à sua sinagoga na Cidade do Cabo. Ele espera que a formação dos rabinos na Alemanha promova um renascimento da vida judaica e a reintrodução do judaísmo na Europa.

"É um triunfo do bem na humanidade sobre o mal daquele período (nazista)", disse Matitiani.

Faltam Rabinos
A Escola de Estudos Judaicos, em Berlim, foi a última instituição judaica de ensino a ser destruída pelos nazistas, em 1942.

A comunidade judaica na Alemanha tinha cerca de 600 mil integrantes registrados oficialmente antes do Holocausto e da guerra. Hoje são mais de 100.000.

Graças à chegada de imigrantes da antiga União Soviética, o país tem hoje a população de judeus que mais cresce na Europa, diz Moore.

O problema é que não existem rabinos suficientes. No total existem apenas 25 no país todo, que atendem a 100 congregações.

Há anos a Alemanha vem "importando" rabinos do exterior. Líderes judeus esperam que mais e mais rabinos se formem na Alemanha no futuro.
(BBC Mundo.com - Traduzido por Júnior PEBA Paiva)

Este feito é um importante passo para a comunidade judaica que foi massacrada durante a Segunda Guerra Mundial pelos alemães. Por mais que a Alemanha tenha uma dívida com o povo judeus, sem dúvida é algo que deve ser comemorado.

Isto deve servir como exemplo para outros países, inclusive para Israel, que pratica a intolerância religiosa com os países vizinhos. Se ao menos alguns países do Oriente Médio seguissem este exemplo, nosso velho mundo seria um lugar "menos pior" pra se viver.

Júnior PEBA Paiva

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