Com eventos em todo o mundo em homenagem aos 200 anos de nascimento do cientista britânico, celebrados amanhã, e o 150º aniversário de seu livro A Origem das Espécies, lançado em novembro de 1859, o Vaticano destacou que a Igreja Católica nunca condenou Charles Darwin, admitindo que ele estava na pista correcta quando afirmou que o homem descendeu dos macacos.
Um importante funcionário declarou ontem que a teoria da evolución era compatível com a fé cristã, e inclusive suas origens poderiam ser rastreadas até Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. "Realmente, o que queremos dizer quando usamos o termo evolução é o mundo tal como foi criado por Deus", afirmou o arcebispo Gianfranco Ravasi, diretor do Conselho Pontífico para a Cultura.
De acordo com o jornal The Times, o monsenhor Ravasi insistiu que as teorias de Darwin nunca foram condenadas formalmente pela Igreja Católica. Charles Darwin completaria hoje o bicentenário de seu nascimento se estivesse vivo. (El Mercurio)
Na realidade, esta aparente reabilitação de Charles Darwin já havia começado em 1950, quando Pio XII descreveu a evolução como um enfoque científico válido. Em sua encíclica "Humani Generis", Pio XII já dizia que o "magistério da Igreja não proíbe o estudo da doutrina do evolucionismo, que busca a origem do corpo humano em matéria viva preexistente".
Naqueles tempos, Pio XII insistia em afirmar que "a fé católica manda defender que as almas são criadas imediatamente por Deus". O pontífice encorajava um confronto "sério, moderado e temperado".
Em 22 de outubro de 1996, João Paulo II fez um grande discurso na Pontifícia Academia das Ciências afirmando que a evolução "já não era uma mera hipótese, mas uma teoria".
Após declarar, como Pio XII, que era importante não perder de vista alguns pontos pré-determinados, João Paulo II reconheceu que a convergência dos resultados de trabalhos realizados independentemente nesse campo constituía "um argumento significativo a favor dessa teoria".
O antecessor de Bento XVI declarou que a Igreja estava interessada diretamente na questão da evolução, porque esta influi na concepção do homem, "sobre o qual - disse - a Revelação mostra que foi criado a imagem e semelhança de Deus".
O papa polonês ainda afirmaria anos depois que "não basta a evolução das espécies para explicar a origem do gênero humano, como não basta a casualidade biológica para explicar por si só o nascimento de uma criança".
Já Bento XVI sempre defendeu a chegada à fé por meio da razão, apoiando o diálogo entre fé e ciência. Da mesma forma que seus antecessores, o atual pontífice declara que não há oposição entre "a fé da compreensão da criação e a evidência empírica da ciência". (Terra)
Nota do Blog do Peba: Em Salmos 19: 1 está escrito: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos" (RA). O problema que pessoas que se dizem religiosas enfrentam ao declarar e apoiar a evolução como ciência foi o mesmo problema que Darwin enfrentou quando escreveu suas teorias: ambos se esqueceram de olhar para o Céu. Isso deveria ser uma grande lição para nós. Muitas vezes nos preocupamos apenas com aquilo que está ao alcance da nossa vista. Entretanto, se levantarmos um pouco nossos olhos, contemplaremos o céu e veremos a glória de Deus. Há muito tempo a escritora Ellen White declarou: “Deus é o fundamento de todas as coisas. Toda verdadeira ciência está em harmonia com Suas obras; toda verdadeira educação conduz à obediência ao Seu governo. A ciência desvenda novas maravilhas à nossa vista; faz altos vôos e explora novas profundidades; mas nada traz de suas pesquisas que esteja em conflito com a revelação divina. A ignorância pode procurar apoiar opiniões falsas a respeito de Deus apelando para a ciência; mas o livro da natureza e a Palavra escrita derramam luz um sobre o outro. Somos assim levados a adorar o Criador, e a depositar uma confiança inteligente em Sua Palavra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 115, 116). Que neste dia que o mundo comemora o aniversário de Darwin, nós possamos comemorar a salvação em Cristo Jesus!
Júnior PEBA Paiva
Um comentário:
Então o Vaticano reconhece também que toda a sua base religiosa baseado na criação divina é mentirosa, muitos sempre foram enganados, agora o nova falácia é que Deus conduz a evolução, isto esta na imprensa, quando será que os estelionatários que comanda a ordem religiosa vão criar vergonha na cara e abandonar o oficio.
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